sexta-feira, 27 de julho de 2012


INQUIETAÇÕES: CONTOS, POEMAS E HAICAIS

Meu mais novo livro. Além de conter haicais - o leitor pode perceber que gosto bastante - traz ainda poemas e contos, ou seja, três gêneros de poesia para serem apreciados por todos.
Compõe-se de 116 páginas, impresso em brochura e capa em lombada quadrada.
Quem estiver interessado entrar em contato pelo email  luciojose.com@gmail.com

sábado, 7 de julho de 2012



    DEZESSETE SÍLABAS

   Para quem gosta de haicais, ou quer saber mais a respeito, uma boa opção é o livro "DEZESSETE SÍLABAS", editado pela editora Clube de Autores, com 126 páginas contendo vários haicais que versam sobre temas relacionados à natureza.
   As vendas são realizadas pelos sites da editora, nos endereços http://www.clubedeautores.com.br/. http://www.agbook.com.br Não deixe de visitá-los.
   O livro tem formato 148x210 cm, acabamento brochura com orelhas e impressão em papel offset 75g.

terça-feira, 26 de junho de 2012

A função "pedagógica" da literatura infantil



Sabe-se que a relação do adulto com a leitura é fundamentada na importância   que tal hábito possa proporcionar, e, sobretudo na função bem definida de “ensinar algo àquele que lê”.
Nesse sentido, procura impor essa concepção – no que a escola também o faz – às crianças em seu contato com a literatura. No entanto, esta deve ser vista como lazer, ou seja, o prazer de ler é o que deve mover os educadores, ou os pais, quando da apresentação de um livro para a criança.
Nada mais eficaz para afastar a criança da literatura que fazê-la ler por obrigação, ou pior, ler para conseguir uma nota, através das respostas das tão famigeradas – e tão comumente empregadas na escola – fichas de leituras; nada mais eficaz para aproximá-la, que fazê-la ler por diversão, sem cobranças ou finalidades outras para quais a literatura não serve.
Pedagogicamente, (se é que se pode falar assim) deve ser explorada a ludicidade da criança ao ler o texto – principalmente as de idade menor – pois os jogos e as brincadeiras são elementos desenvolvedores das funções cognitivas e possibilitam que ela (a criança) construa seu conhecimento de mundo.
Dinâmicas como o “contar e recontar” a história; o “desenhar”, contribuindo para demonstrar a percepção e suas ressignificações; as “competições”, nas quais a sala poderia ser dividida em dois grupos que desenvolveriam atividades relativas ao texto, como reescrevê-lo com suas palavras ou, com massa de modelar, moldar seus elementos significativos acerca da história lida, são meios que podem contribuir para despertar a relação prazerosa com a literatura.
Distanciar-se do real e vivenciar o imaginário pelo desafio, fantasia e curiosidade, são os melhores caminhos na formação dos pequenos leitores.


                                                         Lúcio Torres

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Haicai, concisão e objetividade em dezessete sílabas poéticas

        Haicai é um micropoema de origem japonesa no qual a concisão, poder de síntese e objetividade são dispostos em dezessete sílabas poéticas em três versos.
        Originalmente corresponde a dezessete caracteres japoneses dispostos verticalmente, geralmente acompanhados de uma pintura (haiga), cada qual correspondendo a uma sílaba poética, sendo que em português os versos são dispostos horizontalmente, conforme a tradição da escrita ocidental da maneira seguinte: cinco sílabas no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro, geralmente sem rimas.
        Em geral os temas são fruto da observação da natureza, contendo quase sempre uma palavra que dê uma pista sobre a estação em que foi observada (kigo).
        Porém essa rigidez da métrica não é sempre seguida por determinados autores, limitando-se estes à composição dos três versos, principalmente devido à diferença de silabação entre a língua portuguesa e japonesa. No entanto, primo pela composição clássica de haicais que obedeçam fielmente à tradição japonesa das dezessete sílabas poéticas.
        Atribui-se a chegada do haicai no Brasil com os imigrantes que aportaram à bordo do navio Kasato Maru, em 1908, quando Hyôkotsu teria produzido o primeiro haicai:

     "A nau imigrante
      Chegando, vê-se do alto
      A cascata seca"

       Um dos maiores nomes do haicai japonês é Matsuo Bashô (1644-1694), autor do seguinte haicai, um dos mais famosos:

     "O velho tanque
      Uma rã mergulha
      Barulho de água"

      Ao ler esse poema transcendemos o escrito e podemos imaginar a cena descrita pelo poeta, sentir propriamente a atmosfera de calma, silêncio, umidade, quebrados pelo barulho da rã ao cair na água. Esse é o poder e o fascínio do haicai.

     Lúcio Torres

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A poesia não está morta

              Certa vez me disseram que a poesia estava morta. Morto está quem está morto pra poesia, vivendo uma vida mecanicista, burocrática, fechada e sem fantasia, que não consegue alcançar a transitoriedade que deleita, fascina, envolve e nos faz viver num mundo melhor.
              A poesia está presente em tudo. Sempre foi assim. Ela continua lá! A espera de quem a perceba, de quem consiga fixá-la no papel, num quadro, numa música, numa escultura ou o que quer que seja que possa ser considerada uma obra de arte aos olhos de quem lê, ouve, vê, apalpa ou sente.
             Não, a poesia não está morta! Nunca morrerá! Nós sim, passaremos. E passaremos mais suavemente pela vida com sua ajuda, que a torna mais leve e agradável como plumas soltas e levadas pelo vento.
 
                                                                                                                    Lúcio Torres